sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A cidade que nunca para de estudar...Brasília: Nova Iorque do cerrado

Nasci e cresci em São Paulo. Uma megalópole onde todo mundo quer estudar, se formar, fazer pós, mba, cursos, cursos e mais cursos. A maioria almeja entrar em uma empresa super conceituada, ou melhor, uma multinacional. Isso sim dará o status, remuneração e o encaminhamento profissional corretos para uma vida de sucesso. Foi nesse contexto que eu cresci e percebi o mundo adulto....até eu vir prá Brasília, em 2005.
Chegando aqui, percebi que as pessoas crescem no convívio de servidores públicos (pais, tios, vizinhos, amigos, etc) que contam como é boa a vida estável e bem remunerada (também não é sempre) dos que trabalham para o Estado.
No começo estranhei...ouvia tanto falar sobre apostilas e cursinhos mas ficava meio perdida e sem saber como a banda tocava.
Hoje, depois de quase 6 anos de Brasília, venho aqui no meu empoeirado e esquecido blog confessar que o meu sonho número 1 é passar em um concurso. Toda essa cultura já está enraizada em mim e não consigo visualizar (pelo menos enquanto morar aqui) uma alternativa melhor de vida. Claro que muito disso foi enfiado goela abaixo em mim, mas também muito foi por analisar, pensar, repensar e concluir MESMO que a vida de servidor é boa demais. Uma coisa que pesa muito, pelo menos prá mim, é lembrar do meu pai com 50 e poucos anos sendo demitido depois de 21 anos de empresa. Ter que sair por aí distribuindo currículos e ouvindo que você é bom demais prá vaga ou então que falta alguma coisa para atender aos requisitos não é o que sonhamos em fazer numa altura dessas da vida. Isso me deu aquele sentimento de "não quero isso prá mim".
Enfim, tenho meus momentos de REVOLTS total onde eu penso em abrir uma loja/quiosque/franquia num ponto legal da cidade e virar empresária. Dar uma banana prá essa onda de cursinhos e editais e tentar a vida sendo minha própria chefe. Mas isso é um caminho bem mais tortuoso e obscuro (não sou empreendedora, fazer o que...) prá mim.

A conclusão que eu chego é que o melhor de tudo é cada um escolher o seu melhor. Não é o que o amigo, pai ou o jornal estão dizendo. Isso serve não só para a sua vida profissional como para todo o resto.

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