quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Ser mãe é padecer no paraíso?

Ser mãe é algo que já treinamos desde pequenas. Logo que uma menina nasce já começa ganhando bonecas, carrinhos de bebês, panelinhas, mamadeiras de boneca, etc. A menina já é bombardeada com a idéia de que ela nasceu para crescer, casar, reproduzir (um ou vários filhos), cobrar os netos dos filhos e morrer. É como se, independente do instinto materno ou da vontade de ter filho, ela tivesse esse destino.
Eu já escrevi, inclusive no meu blog, um texto sobre meu futuro filho, o quanto eu já o amo só de falar nele. Sempre amei crianças, bebês, sei que tenho o instinto materno e tenho um amor sem fim, uma generosidade que é grande o suficiente para eu gerar e criar um ser.
Mas de uns tempos prá cá ando vendo tanta coisa triste, absurda, envolvendo filhos sabe...pequenos ou nem tanto, que venho me questionando até que ponto deveria mesmo trazer uma pessoa prá esse mundo como está, esse mundo cão.
Me divido em pensamentos sobre ser feliz com um filho, experimentar a maravilha de ter uma pessoa ao seu lado que saiu de você, cresceu dentro de você e em pensamentos sobre a adolescência, os problemas atuais no mundo, tanta violência, natureza entrando em colapso, falta de emprego, nossa.....será que só eu sinto dó desse futuro cidadão?

Quando uma mulher decide não ter um filho, tenho certeza de que ela enfrenta muito preconceito e questionamentos. "Nossa, mas porque você não teve? Você não conseguiu engravidar?" "Nossa, mas como será sua terceira idade, quem vai cuidar de você?". Enfim...certamente a cabeça tem que ser muito boa e a paciência muito grande para não mandar muita gente às favas.

Eu, no fundo sei, que terei um filho, talvez dois se Deus quiser ou se meu dinheiro permitir. Mas não posso negar que são muitos os momentos onde ponho na balança as coisas positivas e negativas de se trazer uma criança para o mundo.

A maioria das mães diz que não é tudo um mar de rosas, mas que vale a pena. Claro que vale a pena....porque o amor já dominou todo seu ser e quem diria o contrário? Difícil ter uma que diga...Deus me livre, não tenha não, é uma droga, que praga! rsrs
Aí que está o X da questão, porque você quando casa e não dá certo você faz o que? Se divorcia não é? Se tem uma amiga e você cansou, discutiu com ela, você faz o que normalmente? Termina a amizade. Enfim, onde quero chegar é que filho não é algo retornável ou que você leva pro concerto quando chega a adolescência e arruma uns parafusos alí, faz o balanceamento aqui, enfim, sendo um filho bom ou uma praga daquelas que passam no Fantástico, JÁ ERA, NÃO TEM VOLTA! Toma que o filho é seu e pronto! E a coitada sofre, chora, tenta de tudo, perde noites de sono, gasta dinheiro, enfim, todos podem se abster mas não a mãe. Porque, como eu já disse, o amor já é incondicional e não tem como mudar esse fato.

Mesmo com todas essas pulgas atrás da minha orelha, no fundo sei que não terei coragem de passar por essa vida sem experimentar a aventura de ser mãe, sem mergulhar de cabeça e de olhos fechados nesse rio chamado maternidade.

Então, faremos assim...dentro de 4 ou 5 anos farei outro texto contando com propriedade o que é tudo isso. Porque talvez seja esse o prazo para eu resolver engravidar.

Espero que tenham me entendido e não me levem a mal.

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